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Setor da Construção Civil demonstra crescimento e otimismo cauteloso


O setor da construção continua a apresentar dinâmica positiva, tanto no Brasil, quanto no Estado de São Paulo, incluindo o setor informal. Em termos de emprego formal, em junho ocorreu expansão de 0,7% no país e estabilidade (+0,1%) no Estado paulista. Há otimismo na expectativa dos empresários da construção para o Brasil (melhora no mês de julho) e continuidade de leve pessimismo no Estado de São Paulo.


A indústria de materiais, importante termômetro do setor formal e informal, demostra trajetória de crescimento no acumulado em 12 meses, com aumento de 0,6% no consumo aparente de aço longo no mês de junho em comparação com maio, e quase estabilidade (+0,2%) no consumo de cimento.


Dados dos imóveis residenciais novos demonstram continuidade da elevação das vendas observada desde meados do ano passado, porém com estabilidade no acumulado em 12 meses. As vendas em maio foram 1,4% superiores as de abril para os imóveis em geral, e de 1,1% para aqueles dentro do Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Já os lançamentos mantêm o patamar de estagnação, com aumento de 0,1% no total de residências e queda de 1,6% no caso específico do MCMV.


As operações contratadas com recursos do FGTS tiveram crescimento de 1,1% em julho, quando comparadas com o mês anterior, no acumulado em 12 meses, dando seguimento a uma trajetória de crescimento moderado e constante, em sintonia com a contratação de unidades novas populares, que tiverem aumento de 0,7%, no acumulado em 12 meses no mesmo período. A principal fonte de financiamento do setor – recursos da poupança (SBPE) – apresentou recuperação moderada, com aumento de 2,4% em junho, quando comparado com maio no acumulado em 12 meses.


Em termos de preços de imóveis, o IGMI-R apresentou crescimento de 0,8% em maio em relação ao mês anterior, ligeiramente acima dos custos medidos pelo INCC para esse mesmo período, que teve aumento de 0,7%. Os custos da construção, apurados pelo IBGE em conjunto com a Caixa Econômica Federal, continuam a demonstrar evolução comportada, ainda que o componente mão de obra, no acumulado em 12 meses, tenha apresentado crescimento de 4,8% em junho, acima do IPCA para o mesmo mês (4,2%), e que alguns insumos, como aço e cimento, comecem a pressionar os custos.


Os seguintes pontos de atenção devem ser acompanhados:


• Evolução das taxas de juros, que devem permanecer elevadas no médio prazo;

• Prováveis impactos das restrições fiscais (contenção de 11,8% apenas nos recursos do Ministério das Cidades), com efeitos sobre a execução de projetos do PAC e do MCMV;

• Possível pressão sobre os preços gerada pela desvalorização do real, caso essa não seja revertida;

• Risco de exaustão das fontes incentivadas de crédito habitacional no médio e longo prazo;

• Evolução da disponibilidade de mão de obra;

• Lentidão das respostas dos lançamentos de imóveis em relação às vendas.



Fonte: FIESP

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